«O Pai Natal traz sempre o que eu peço...»

quarta-feira, dezembro 1

“Olá Pai Natal! Este ano não quero nenhum brinquedo. Só quero que tragas o meu pai de volta. Eu sei que trazes sempre o que te peço. Fico à espera.”
[Pedido de Luís, Personagem]

É véspera de Natal. Um rapaz, não com mais de sete, oito anos de idade, espera ansiosamente pela noite desse dia. Haveria algo que não permitisse que o seu rosto se iluminasse como nos outros anos? O rapaz chama-se Luís. Algum tempo antes, Luís perdera o seu pai num acidente. Quando voltava para casa, tarde como sempre, vindo do trabalho, um camião ceifara a vida do herói de Luís. Em anos passados, o rapaz pedira ao Pai Natal brinquedos caros que seus pais tentavam comprar com o pouco dinheiro de que dispunham. Mas nesse ano..., nesse ano Luís só queria, de novo, abraçar seu pai. Não compreendia como pudera ter sido roubado assim. Semanas antes, escrevera uma carta ao Pai Natal dizendo: “Olá Pai Natal! Este ano não quero nenhum brinquedo. Só quero que tragas o meu pai de volta. Eu sei que trazes sempre o que te peço. Fico à espera.” A mãe de Luís ao ler a carta chorara, trancada em seu quarto, durante muito tempo. Quando saiu, Luís disse-lhe: «Não tenhas medo mãe. O Pai Natal traz sempre o que eu peço.» A mãe acenou-lhe com um sorriso e limpou as lágrimas do rosto.
A consoada chegara. Luís e sua mãe jantavam na cozinha. O pai não chegava. Acabaram de jantar. E o pai, continuava sem chegar. A mãe de Luís deitou-o, deu-lhe um beijo e disse-lhe que o Pai Natal nem sempre pode trazer o que pedimos. Luís, com a generosidade de uma criança, respondeu: «Não te preocupes mãe. O Pai Natal traz sempre o que eu peço.» Nessa noite, como em todas as outras de Natal, Luís não queria dormir. Mas o cansaço apoderou-se dele e adormeceu. No outro dia levantou-se apressado, correu para a mãe que estava na cozinha a preparar o pequeno-almoço e disse: «Feliz Natal!» Depois abraçou-a e sussurrou-lhe ao ouvido: «Vês mãe, eu disse para não te preocupares. O Pai Natal traz sempre o que eu peço». Mais uma lágrima deslizou pelo rosto de sua mãe caindo na mão de Luís... Enquanto isso, alguém batia à porta dizendo: «Feliz Natal! Feliz Natal!».


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